A radiação ultravioleta, conhecida como UV, faz parte da luz solar que atinge o nosso planeta e é essencial para a preservação do calor e para a existência da vida.
Os buracos na camada de ozônio, fazem com que sejamos expostos a esta radiação. Sem a camada de ozônio, os raios UV podem causar queimaduras, fotoalergias, envelhecimento precoce e câncer de pele.
Uma longa exposição aos raios UV sem proteção adequada pode provocar danos na superfície do olho e suas estruturas internas. Quanto maior o tempo de exposição, maiores as chances de desenvolvimento de doenças oculares, como por exemplo: catarata, pterígio, pinguécula e degeneração macular.
Como proteger os olhos dos raios UV?
• Usar chapéus de abas largas;
• Sempre use protetor solar, principalmente nos lábios e rosto;
• Usar óculos com proteção UV;
• Usar lentes de contato com proteção UV;
• Evite a exposição ao sol sem proteção adequada, principalmente entre às 10:00 e às 15:00;
• Nunca compre óculos em local não confiável. Além de não oferecerem proteção, são feitos com lentes de má qualidade. Isso faz com que os nossos olhos realmente acreditem que estão protegidos, mas, ao serem expostos ao sol terão os prejuízos da exposição aos raios UV.
Confira o vídeo explicativo sobre a importância dos raios UV para sua visão:
O Estrabismo é uma alteração ocular em que os olhos deixam de ser paralelos, ficando desalinhados, apontando para direções diferentes. Esse desvio pode ser constante ou ocorrer esporadicamente. Ele pode ser classificado em convergente (esotropia), quando um ou ambos os olhos se movem para dentro, na direção do nariz; em divergente (exotropia), quando um ou os dois olhos se deslocam para fora e em vertical (hipertropia), quando o deslocamento ocorre para cima ou para baixo.
O estrabismo é mais freqüente entre as crianças, mas pode ocorrer também nos adultos. Alguns casos tem caráter familiar. Nos adultos pode ocorrer em doenças neurológicas, diabetes, doenças de tiróide, tumores cerebrais, traumas, entre outras.
Causas
No olho humano, existem seis pares de músculos extra-oculares, presos do lado de fora de cada globo ocular e que controlam os movimentos dos olhos. Em cada olho, dois músculos movimentam os olhos para a direita e a esquerda.
Os outros quatro músculos movimentam os olhos para cima e para baixo. Para termos os olhos alinhados, todos os músculos oculares devem estar trabalhando em conjunto. Quando os músculos oculares não trabalham em conjunto ocorre um desvio ocular, que é o que chamamos de estrabismo.
Estrabismo em adultos
Pode ter como causas as doenças neurológicas, diabetes, doenças da tiroide, tumores cerebrais, acidentes, entre outras. Pode ser tratado clinicamente com óculos, prismas, exercícios ou por meio de cirurgia. A cirurgia pode ter a finalidade de reestabelecer a visão binocular (tratamento da visão dupla) ou finalidade estética (melhora apenas do alinhamento ocular sem melhora da visão). Esta pode ser realizada em qualquer idade.
Sintomas
O principal sintoma de estrabismo é o fato de os olhos não se manterem paralelos. São outros sintomas do estrabismo a visão dupla, embaçamento visual, entortar a cabeça para ver, piscar constantemente entre outros.
Caso haja suspeita, são necessários exames oftalmológicos para determinar sua causa e iniciar o tratamento imediatamente.
Diagnóstico
Um teste importante para tal diagnóstico é o Teste do Reflexo. Ele avalia se o foco de luz está centralizado nas duas pupilas. Também podem ser feitos testes de acuidade visual, de oclusão e de fundo de olho, além de uma avaliação do movimento ocular.
Tratamento
Existem várias alternativas de tratamento para o estrabismo. A seleção do tratamento adequado será determinada de acordo com a causa do problema. Entre os tratamentos viáveis estão:
– Óculos de grau
– Colírios
– Exercícios ortópticos
– Tamponamento do olho com visão normal
– Cirurgia de Estrabismo
É importante considerar que o diagnóstico precoce é muito importante para o sucesso do tratamento.
Como é a Cirurgia?
A anestesia é feita localmente, mas pode ser necessário utilizar sedação em crianças ou adultos muito agitados, que não consigam colaborar durante o procedimento. O paciente é internado e liberado no mesmo dia, e o pós-operatório costuma ser simples.
Os músculos extra-oculares, que são aqueles responsáveis pelos movimentos dos olhos, são expostos por meio de micro incisões. Feito isso, o médico realiza uma intervenção, de acordo com a programação cirúrgica, para ajustar a musculatura, deixando esta mais equilibrada. Para isso é utilizado um fio próprio e solto da esclera (parte branca do olho). Para finalizar, a conjuntiva é reajustada para ficar com as características normais do olho.
Cuidados após a Cirurgia de Estrabismo
No pós cirúrgico de qualquer cirurgia ocular é necessário seguir fielmente às recomendações médicas para evitar complicações. No caso da cirurgia de estrabismo, é preciso manter repouso nos primeiros dias, evitando atividades físicas e pegar peso. Banhos de mar ou piscina também não são recomendados nas primeiras 3 semanas.
É preciso observar ainda cuidados de higiene das mãos e do ambiente, afim de evitar infecções. O uso correto dos medicamentos e a limpeza da pálpebra (com soro fisiológico ou água fervida), eliminando secreções também previne infecções.
• Estrabismo não desaparece com o crescimento, mas pseudoestrabismo (falso estrabismo), sim.
• Quanto mais precoces forem o exame e o tratamento, melhor será o resultado.
• O tratamento para o estrabismo não é sempre cirúrgico, podendo em alguns casos ser feito por uso de óculos e exercícios.
• Se for indicada cirurgia, quanto mais cedo for feita, melhor a chance de a criança desenvolver visão normal.
• O estrabismo pode estar relacionado a falha no desenvolvimento da visão (ambliopia – conhecida popularmente por “olho preguiçoso“). A visão se desenvolve até aproximadamente oito anos de idade. Quanto antes for diagnosticada e tratada alguma falha neste desenvolvimento melhor será o resultado final. Após esta idade o tratamento já não tem tanto efeito sobre a qualidade visual e a visão ficará mais fraca, independentemente do uso de óculos ou realização de cirurgias.
•É um erro acreditar que o estrabismo desaparece com o crescimento. Assim que o desvio ocular for notado nas crianças, elas devem se encaminhadas para avaliação oftalmológica;
•O estrabismo pode ser tratado e corrigido em qualquer idade, mas os resultados são sempre melhores se o tratamento for seguido à risca e precocemente iniciado. A falta de tratamento adequado pode reverter na perda total da visão do olho desviado.
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana fina e transparente que reveste a esclera, a parte branca dos olhos. Normalmente ataca os dois olhos, e pode durar de 1 semana a 15 dias. A conjuntivite pode ser causada por:
• Reações Alérgicas: pólen, pelos de animais ou outros alérgenos;
• Reações Químicas: substâncias irritantes como cloro de piscina;
• Traumáticas: decorrente de traumas no local;
• Infecciosas: por vírus ou bactérias;
As infecciosas são contagiosas.
Sintomas:
• Olhos vermelhos; • Lacrimejamento; • Inchaço; • Fotofobia; • Secreção; • Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos; • Em alguns casos febre e dor de garganta;
Dicas:
• Lavar as mãos frequentemente;
• Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes e praias;
• Lavar com frequência o rosto e as mãos;
• Não coçar os olhos;
• Trocar as toalhas do banheiro frequentemente e não compartilhá-las com seus familiares;
• Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente;
• Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
• Evitar contato direto com outras pessoas;
• Evitar pegar crianças pequenas no colo;
• Não use lentes de contato durante esse período;
• Evitar banhos de sol.
Após avaliar o tipo de conjuntivite, o médico vai orientar o melhor tratamento e, se necessário, prescreverá colírios e algumas medidas para aliviar o desconforto, tais como compressas frias com soro fisiológico estéril.
A Blefarite é uma inflamação não contagiosa das pálpebras.
Aparece quando as glândulas que temos na base de cada um dos cílios produzem excessivamente gordura, causando uma condição favorável para o crescimento bacteriano.
Sintomas:
• Prurido (coceira);
• Irritação ocular;
• Sensação de corpo estranho
• Lacrimejamento;
• As pálpebras superior e inferior ficam cobertas por detritos oleosos e bactérias em torno da base dos cílios, podendo levar à perda dos mesmos;
• Secreção;
• Vermelhidão nas bordas das pálpebras;
• Formação de “Tersóis”;
• Escamações nas margens das pálpebras;
• Embasamento visual.
Ao início dos sintomas, procure o seu oftalmologista, que indicará o melhor tratamento. O tratamento poderá ser feito de acordo com a gravidade da doença. Em alguns casos, somente limpeza e colírio, em outros poderá ser necessário, além desses cuidados, medicação via oral.
Dicas: • Aplique compressas mornas sobre as pálpebras fechadas, durante 2 a 3 minutos, pelo menos 2 vezes ao dia; • Procure evitar animais domésticos que soltem pelos; • Com a ponta do seu dedo envolvida por um pano fino ou com um cotonete, esfregue com delicadeza a base dos cílios de cada pálpebra; • Maquiagem pode piorar a irritação ocular, não use; • É importante fazer a limpeza frequente das pálpebras. Isso ajuda no controle da blefarite; • Evite alimentos gordurosos.
A alergia ocular, ou conjuntivite alérgica, afeta 6 entre 10 pacientes alérgicos. Não é uma doença contagiosa, mas provoca muito desconforto e irritação nos indivíduos que dela sofrem.
Sintomas:
Quase sempre o sintoma de coceira, e esfregar os olhos. Mas além desses, outros sintomas podem estar presentes:
• Vermelhidão ocular;
• Lacrimejamento;
• Sensação de queimação nos olhos;
• Visão borrada;
• Produção de secreção.
Tratamento:
Baseado nos seus sintomas, faremos uma avaliação detalhada e orientar o melhor tratamento para o seu caso. O uso de colírios antialérgicos e lubrificantes é importante para o controle da doença. Mas o mais importante é evitar o contato com agentes alérgenos, ou seja, evitar o contato com o fator que está desencadeando sua alergia.
Orientamos aos nossos pacientes uma avaliação multidisciplinar, com pediatra, clínico geral e alergista para que juntos possamos tomar as medidas adequadas para o tratamento.
Dicas:
• Manter os ambientes arejados e permitir a entrada da luz solar; • Procure evitar animais domésticos que soltem pelos; • Manter o filtro do ar condicionado sempre limpo; • Utilizar panos úmidos e aspiradores de pó para remover a poeira; • Evitar objetos que possam acumular poeira; • Lavar roupas guardadas há muito tempo antes de usá-las; • Forrar colchões e travesseiros com capas antialérgicas; • Expor ao sol as roupas de cama e lavá-las com água quente.